Sei que infelizmente alguns irmãos e irmãs não concordaram
com o ponto de vista abordado, justamente por partilhar do mesmo pensamento que
esta por detrás desta frase,pensamento este derivado da Confissão Positiva,e Teologia
da Prosperidade,que visa e enfatiza a prosperidade financeira como
sinal da aprovação divina,levando seus adeptos a acreditarem que se tiverem fé
serão uma espécie de semi-deuses aqui na terra,isentos dos infortúnios e
aflições da vida,que é lógico só afetam aqueles que não tem fé.
Este tipo de ensino ganhou lugar aqui no Brasil,encontrando
solo fértil devido a sede e fome de sucesso,e na esperança instantânea de
enriquecimento da maioria que frequentam as igrejas evangélicas,e da forte
atuação dos expoentes desta “teologia” na mídia
televisiva e também radiofônica,exibindo em seus programas,testemunhos no mínimo
suspeitos,de enriquecimento do dia pra noite daqueles que colocaram em prática
seus ensinos,sempre baseados nos textos do Antigo Testamento que se referem a
prosperidade do podo de Israel recorrente a sua obediência ao pacto com Deus.
Mas indiferentes as condições para que essas bênçãos
acontecessem,estes doutores da prosperidade ensinam e citam passagens bíblicas
tentando fundamentar suas doutrinas,esquecendo-se do período no cativeiro que o
povo de Israel passou,e também do pós exílio,que Deus constantemente ensinava
seu povo a lhe servir com fidelidade independente de suas condições
financeiras.
Gosto muito de uma frase dita pelo Pastor
Paulo Romeiro,que diz:-”Quer igreja cheia,pregue sobre as
bênçãos de Abraão,quer igreja madura,pregue sobre a vida,morte e ressurreição
de Jesus.”Infelizmente esta mensagem tem perdido cada vez mais seu
espaço nos púlpitos de nossas igrejas,justamente pela busca frenética da benção
financeira,de uma fé que “funciona”, pela busca de um “deus”matemático,semelhante
a um gênio da lâmpada,prestes a atender nossos pedidos e desejos egoístas de
riqueza,fama e status.
A confiança destes irmãos não é de maneira nenhuma
posta em Jesus e em sua Palavra,e sim em sua própria fé,ou seja “fé
na fé”,nas determinações,e exigências humanas,nas frases de “efeitos”
repetidas por eles durante o culto,nas “profecias” de
sucesso,glória,e fama feitas por eles mesmos.
Lógico que olhando na palavra de Deus veremos diversos
servos do Altíssimo que foram bem sucedidos,é o caso do próprio Abraão,Isaque,Jacó,José,Jó,entre
outros.Todavia é relevante salientar que não foi a fé deles que atraiu o dinheiro,como
uma espécie de imã,e sim o próprio Deus os abençoe manifestando sua graça e misericórdia,demonstrando seus propósitos eternos através de seus servos,pois então a Bíblia seria confusa,já que relata a vida de
outros servos que não foram tão bem sucedidos assim no que se trata na ordem
financeira,e aos olhos humanos,como por exemplo a igreja de Jerusalém,que sofria
com a perseguição do império Romano,a própria igreja de Esmirna que era pobre
financeiramente,mas considerada rica espiritualmente por Jesus,João Batista que
vivia no deserto da Judéia,dos apóstolos que morreram martirizados pela fé em Jesus,e
por anunciarem o evangelho,do próprio Jesus,que vivia sem ter onde reclinar a
cabeça.
Precisamos tomar cuidado com estes ensinos,que
colocam na boca de Deus uma frase dita pelo diabo:”...tudo
isso te darei se prostrado me adorares...”estou ciente que
muitos por desconhecerem a palavra de Deus acabam adotando estes ventos de
doutrina,por andarem com alguns que já estão contaminados com este vírus,mais
do que nunca devemos atentarmos para as sábias palavras de Paulo em sua
primeira carta aos Tessalonissenses;5-19,22”...examinai
tudo,retende o bem,abstende-vos de toda a aparência de mal...”
Gilvan P.Guimarães
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