Google Website Translator Gadget

sábado, 15 de outubro de 2011

Igreja Bola de Neve



Bola de Neve Church ou Igreja Bola de Neve é uma denominação protestante pentecostal fundada no ano 2000 por Rinaldo Luís de Seixas Pereira (Apóstolo Rina). O nome "Bola de Neve" vem da proposta dos fundadores que tinham por objetivo propagar o trabalho como uma bola de neve, aumentando de tamanho e alcance ao longo do tempo.


O pastor Rinaldo Luís era originalmente o responsável pelo ministério de evangelismo da Igreja Renascer. Após quatro anos e meio liderando este ministério, ele decidiu se emancipar da Igreja Renascer, tendo a aceitação do Apostolo Estevam Hernandes, e fundar sua própria denominação, a qual deu o mesmo nome do ministério que liderava, Bola de Neve. Sua idéia era abrir uma igreja neopentescostal, cujo público-alvo seriam jovens na faixa etária entre os 20 e os 35 anos, composto principalmente por pessoas de estilo alternativo, universitários, praticantes de esportes radicais. Liturgia informal, estilo inusitado de pregação e "louvores" em ritmo de pop, rock e reggae são algumas das estratégias que a igreja utiliza para atrair tal público.


O primeiro culto oficial foi realizado no bairro da Lapa, São Paulo, em 6 de Janeiro de 2000. A partir de Abril de 2010 a sede se localiza na antiga casa de shows Olympia, na Lapa, em São Paulo, e ainda conta com igrejas em quase todos os estados brasileiros, já somando mais de 150 em território nacional. Uma de suas estratégias empregadas para crescimento são as chamadas células, pequenos grupos que se reúnem nas casas de determinados membros da igreja, onde há liberdade para se tirar dúvidas e conversar sobre a Bíblia. Atualmente se encontra também em processo de expansão internacional, com igrejas presentes em Arequipa (Peru), Moscou (Rússia), Índia, e com núcleos em Florida (Pensacola), Los Angeles e San Diego (Estados Unidos), Sydney (Austrália), Bandar Seri Begawan (Brunei), mais recentemente Hawai e Assunção, Ciudad del Leste, Hernandarias e Luque (Paraguai), entre outros.


Características
O slogan da igreja é "In Jesus We Trust" uma expressão em Inglês que quer dizer "Em Jesus Nós Confiamos" em Português.


O diferencial da igreja é um apelo voltado ao público informal, que ressalta características como ausência de dogmas, tradições e costumes religiosos, e a chamada "liberdade" de se poder seguir a Jesus sem precisar se converter a um estilo de vida muito distinto ao qual já se está acostumado e seguir um grande número de regras religiosas. A igreja também busca manter sua imagem associada à prática de esportes radicais, tais como surf e skate, sendo que muitos de seus templos possuem uma decoração baseada nestes esportes, o que acaba sendo a marca registrada da igreja.


Apesar da liberdade de culto a igreja tem a Bíblia como regra básica, defendendo princípios básicos do Cristianismo Protestante como a castidade antes do casamento, o não uso de drogas e álcool, não usar de mentira, não roubar, e adorar a Deus, Jesus Cristo, acima de todas as coisas. Como uma igreja pentecostal, crê no Espírito Santo como enviado de Deus para operar e realizar milagres e transformações na vida das pessoas.


Além disto, a igreja também desenvolve alguns projetos sociais tais como o projeto Nova Vida, que tem por objetivo ajudar dependentes químicos a se livrarem do vícios, assim como oferecer apoio aos co-dependentes/familiares. Outros trabalhos incluem projetos de inclusão social de moradores de rua e distribuição de cestas básicas à comunidades carentes. Mantêm também parcerias com clínicas de recuperação e até mesmo, em algumas cidades, parcerias com o Ministério Público local para a reabilitação de marginais à sociedade.


O Recrie, é um Ministério dentro da igreja voltado para empreendedores evangélicos e realiza reuniões mensais com palestras sobre princípios bíblicos e negócios, promovendo encontros, com temas direcionados ao mercado e empreendedorismo de acordo com a moral cristã.


Divulgação
A divulgação do trabalho é realizado através de:
Um selo fonográfico Bola Music (incluído trabalhos do cantor Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda Raimundos e missionário da igreja);
Programa de TV -- "Bola TV" -- que é transmitido nas madrugadas de sábado para domingo na RedeTV!, às 2h.
Revista Crista -- veículo de comunicação oficial da igreja de distribuição gratuita.
Bola Rádio - bolaradio.com.br
TV na web - bolatv.com.br
Centro de Treinamento de Adoradores - ctadoradores.org

John Wesley

John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.


Infância
John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de Junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.


Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.


Incêndio em sua casa
Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.


Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro dos Salmos como apostila.


John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.


Estudos
John Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo", ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'..


Neste grupo Wesley e seu irmão Carlos iniciaram a visitar e evangelizar os presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.


Assim, gradua-se em Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.


Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.


Missão na Virgínia
Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". 


Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus)e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.


Conversão
Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.


No dia 24 de Maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.


A Experiência do Coração Aquecido
No dia 24 de Maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:
"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".


Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre.Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.


Igreja
Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia". Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. 


John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de Março de 1791).


Membros nos Estados Unidos
1771 - 361 membros
1780 - 8.500 membros
1784 - 15.000 membros
1790 - 57.621 membros
1800 - 64.894 membros
1809 - 163.038 membros


Doutrina
John Wesley, por George Romney (1789)
Wesley ensinava que a conversão a Jesus é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.


Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.


Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesus quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.


Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.


Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".


Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.


Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.


Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.


Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).


Legado
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: Dinheiro aos pobres (Wesley distribuía). Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido). Apoio na reforma educacional. Apoio na reforma das prisões. Apoio na abolição da escravatura! Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.


Hoje, além dos seguidores do Metodismo, a vida de muitos são influenciada pela missão de Wesley.Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecostalismo devem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor. A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teológica desde o concílio Vaticano II.


Faleceu a 2 de Março de 1791, em Londres, Inglaterra. Encontra-se sepultado em Wesleys Chapel, Grande Londres, Londres, Inglaterra.

Igreja Metodista.


A Igreja Metodista é na verdade, a principal expoente do metodismo, religião de fé cristã protestante, presente na maioria dos países lusófonos.


O metodismo é de origem anglo-americana, organizado pelo reverendo inglês John Wesley que enfatizou o estudo metódico da Bíblia, e busca a relação pessoal entre o indivíduo e Deus. Iniciou-se com a adesão de egressos da Igreja Anglicana e da Presbiteriana, bem como de dissidentes da Igreja Episcopal Americana.


História do metodismo no Brasil
Primeira missão
Em 1835 o Reverendo Foutain Elliot Pitts foi enviado pela Igreja Metodista Espiscopal, dos Estados Unidos, com a missão de avaliar as possibilidades do estabelecimento de uma missão metodista nas terras brasileiras. Chegando ao país com uma carta de recomendação do então presidente americano Andrew Jackson, o Rev. Pitts desembarca no Rio de Janeiro. Mais tarde em 1836 e 1837, foram enviados o Rev. Justin Spaulding e Rev. Daniel Parish Kidder, com suas respectivas famílias, para compor a missão. Porém, essa missão é encerrada em 1841 por falta de recursos.


Missão da Igreja Metodista Episcopal do Sul
Com a divisão causada nos Estados Unidos durante a Guerra Civil, a Igreja Metodista Episcopal também se dividiu, no sul, foi criada a Igreja Metodista Episcopal do Sul e no Norte, os metodistas continuaram com o mesmo nome de antes da guerra.


Junius Estaham Newman, foi o primeiro pastor a se fixar permanentemente no Brasil. "J. E. Newman, recomendado para a Junta de Missões para trabalhar na América Central ou Brasil": essa foi a nomeação que ele recebeu em 1866, na Conferência Anual. Após ter servido durante a Guerra Civil Americana, como capelão às tropas do Sul, observou que muitos metodistas do Sul emigraram para as Américas do Sul e Central e acompanhou-os.


A Guerra deixou endividada a Junta, sem possibilidade de enviar obreiros para qualquer local. Newman financiou sua própria vinda ao Brasil, com suas modestas economias. Chegou ao Rio de Janeiro, Niterói, em Agosto de 1867, mas fixou residência em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara d'Oeste, província de São Paulo. Desde 1869, pregou aos colonos, mas, dois anos mais tarde, no terceiro domingo de Agosto, organizou o "Circuito de Santa Bárbara".


O primeiro salão de culto – antes era uma venda – foi uma pequena casa, coberta de sapé e de chão batido. Newman trabalhava com os colonos norte-americanos e pregava em inglês. Um dos motivos da demora de Newman em organizar uma paróquia metodista, é que ele pregava, principalmente para metodistas, batistas, presbiterianos e a todos que desejassem ouvir sua mensagem, pensando ser mais sábio unir os "ouvintes" em uma única igreja, sem placa denominacional. Mas depois, todas as denominações organizaram-se em igrejas, de acordo com sua origem eclesiástica nos EUA. Newman insistiu, através de suas cartas, para que os metodistas norte-americanos abrissem uma missão em nosso país.


Em 1876, a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal Sul, despertada através da publicação das cartas nos jornais metodistas nos EUA, enviou seu primeiro obreiro oficial: Rev. John James Ranson. Dedicou-se ao aprendizado do português para proclamar as boas novas aos brasileiros, sendo o responsável pela criação da primeira publicação metodista no Brasil, o Methodista Catholico.


J. E. Newman e sua família mudaram-se para Piracicaba, SP, onde permaneceram entre 1879 e 1880, quando as filhas de Newman, Annie e Mary, organizaram um internato e externato. O "Colégio Newman" é considerado precursor do Colégio Piracicabano, hoje Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).


A autonomia da Igreja Metodista no Brasil
O movimento pela autonomia começou por volta de 1910. Diversas manifestações surgiram entre a liderança clerical e leiga, que buscavam um episcopado mais próximo do país, anteriormente os Bispos eram americanos e residiam fora do Brasil, uma constituição própria, regularização dos salários, anteriormente em dólares, e uma igreja mais nacional.


A Igreja Metodista tornou-se independente da Igreja Americana em 2 de Setembro de 1930, em São Paulo, na Igreja Metodista Central de São Paulo, onde a Comissão Constituinte se encontrou em nove sessões, e onde a Constituição promulgada foi entregue às mãos de Guaracy Silveira. Elegeu-se o primeiro bispo da Igreja, chamado Willian Tarboux, que era americano. O primeiro bispo brasileiro metodista foi César Dacorso Filho, eleito em 1934.




As regiões eclesiásticas no Brasil
No Brasil, as Igrejas Metodistas estão organizadas em Regiões Eclesiásticas:
1ª Região: Rio de Janeiro
2ª Região: Rio Grande do Sul
3ª Região: São Paulo (Região Metropolitana, litoral, Vale do Paraíba e região de Sorocoba)
4ª Região: Minas Gerais e Espírito Santo
5ª Região: Centro-Oeste, Interior de SP, Triângulo Mineiro e Tocantins
6ª Região: Santa Catarina e Paraná
REMA: Região Missionária da Amazônia
REMNE: Região Missionária do Nordeste


Metodismo em números
O Metodismo se faz presente em 130 países, somando 12 milhões de membros.
Atualmente, a distribuição dos Membros, Igrejas, Congregações e Pontos Missionários no Brasil é:
Aprox: 350.000 Membros;
630 Igrejas;
393 Congregações;
508 Pontos Missionários.


Há outras denominações que se denominam metodistas no país, a saber: a Igreja Metodista Wesleyana (pentecostal), criada na década de 60 pelo bispo fluminense Gessé Teixeira de Carvalho, egresso da IMB, e que possui laços com outras Igrejas metodistas pentecostais, como a do Chile, possuindo hoje mais de 50 mil membros no país, a Igreja Metodista Ortodoxa e outras, independentes, que não chegam aos 20 mil membros.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Usados e abusados!


Abuso religioso,nunca este assunto foi tão abordado como tem sido atualmente,a ocorrência do abuso religioso não se resume apenas ao meio cristão evangélico,mas atinge todas as camadas religiosas.O resultado disso,tem sido pessoas feridas e machucadas em "nome de DEUS"e da instituição religiosa,homens,jovens e mulheres detonados em sua auto estima e fé,incapazes de crerem na bondade de DEUS por causa de líderes abusivos,insensíveis e cruéis.


Os relatos na maioria das vezes são parecidos,no início tudo vai de vento e polpa,as mil maravilhas,a euforia e entusiasmo levam tais pessoas à se engajarem com toda força na obra de DEUS,são os chamados "pau pra toda obra",devido a gratidão de terem sido alcançados pelo salvação de DEUS em CRISTO JESUS,espontaneamente se doam e se desgastam pelos projetos e  metas da igreja,visando o louvor à DEUS,a expansão do seu Reino,e a salvação de almas,porém com o passar do tempo percebem que as coisas mudaram e não são como eram antes,pois deixaram de serem usados por DEUS,para serem usados e abusados pelos homens,por líderes que só querem se auto promoverem,egoístas e mesquinhos,cegos pela vaidade,soberba  e desejo de terem seu ministério "próspero' e igreja lotada.


Muitos e muitos obreiros deixaram de fazer as coisas para DEUS,com o fervor e zelo do primeiro amor,para fazerem por religiosidade e costume,outros porque simplesmente não sabem o que fazer e muito menos para onde irem,outros fingem não ver nada,pois não querem admitir que estão sendo abusados,e assim continuam fazendo,sentindo-se obrigados a continuarem cumprindo com seus compromissos,são persuadidos e algumas vezes até aterrorizados de cima do púlpito,levados à acreditarem que serão amaldiçoados e destruídos pelo diabo senão obedecerem seus líderes,sendo assim manipulados em reuniões ministeriais com frases bíblicas do tipo:"não toqueis nos meus ungidos" ou "dê honra a quem tem honra",textos tirados fora do seu contexto para simplesmente fundamentar decisões,pensamentos e atitudes erradas,possibilitando assim a cobrança de uma submissão e obediência cega e sem questionamentos,então assim vão seguindo a vida cristã,participando dos votos e desafios financeiros,pois se não fizerem com certeza serão substituídos por um novo obreiro que esta chegando agora  com a mesma euforia e entusiasmo que ele tinha antes,dando continuidade ao ciclo vicioso.


Precisamos quebrar esta corrente maligna que tem causado tanta tristeza e prejuízo ao Reino de DEUS,tirando o foco do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,o nosso Bom Pastor,Bispo das nossas almas e Âncora da nossa fé.Não podemos mais abraçar a estagnação,superficialidade e imaturidade espiritual,chega de crentes bajuladores e paparicadores que se deixam manipular como marionetes,servindo de massa de manobra,a palavra de DEUS diz em (1ªCo:2-16) que nós "...temos a mente de Cristo..."por isso devemos buscar o discernimento espiritual,pois pelos frutos conheceremos a árvore,chega de abuso e engano.


Não podemos mais ceder a este sistema religioso que tem se instalado em nosso meio,precisamos combatê-lo lembrando sempre que a nossa "...luta não é contra a carne nem contra o sangue(seres humanos),mas sim contra os principados,contra as potestades,contra os príncipes das trevas deste século(mundo)contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais..."Ef:6-12.Líderes que se aproveitam da fé alheia usando de engano,estão também sendo enganados,presos à um  vício maligno,sedentos por fama ,poder e status,fazendo de tudo para conseguirem o que desejam,esqueçamos de tais obreiros fraudulentos,lobos devoradores,vestidos em pele de cordeiro,e fixemos nossos olhos no Autor e Consumador da nossa fé,JESUS CRISTO o FILHO de DEUS.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

O que estão fazendo da igreja?

Quem de nós nunca ouviu alguém dizer:"vou abrir uma igreja pra ganhar dinheiro..."ou a frase estampada em algumas camisetas"pequenas igrejas grandes negócios".Infelizmente fundar ou dirigir uma igreja se tornou um "negócio da China".


Diante disso,me veio a pergunta,O que temos feito da igreja,o corpo de Cristo na terra?Temos tratado da casa de DEUS com desdém,segue abaixo algumas das coisas que temos feito dela,vejam.


-Casa de show:A igreja perdeu a sua importância e não atrai a mais ninguém,a não ser que tenha algum espetáculo com alguém da mídia testemunhando,pregando ou falando um monte de babozeira como tem sido o costume por aí a fora,cultos centrados nas personalidades presentes e não na pessoa do SENHOR JESUS,pessoas que só vão aos cultos atrás de algum entretenimento,a fé se tornou um verdadeiro show.


-Ponto de encontro:A igreja tem se tornado um lugar somente para encontrarmos os amigos,a turminha de jovens,o futuro cônjuge,algumas por aí promovem até encontros através de jornais e revistas,como se a igreja fosse uma agência de namoro,faça me o favor....aonde vamos parar?Podemos encontrar sim a pessoa na qual iremos construir uma família,mas ir à igreja somente para namorar é profanar o que é santo.


-Hospital:Infelizmente muitos no desespero de obterem a cura para suas enfermidades,só vão à igreja atrás da cura e não do DEUS que cura,só vão atrás de sinais e prodígios,fazem de tudo para alcançarem a cura,pessoas que não agem por fé e sim por conveniência,pois se disserem que em qualquer outro lugar tem cura pra sua doença,irão correndo para lá.


-Casa de aposta:Lugar onde as pessoas vão fazer sua "fézinha",devido a ênfase exagerada nos votos e sacrifícios "pela fé" para alcançarem o sucesso na vida financeira,muitos tentam manipular a vontade de DEUS através destes atos,seguindo simplesmente a lógica do jogo,quanto mais se joga mais chance se tem de ganhar,deixam de entregarem seus dízimos  e ofertas por amor,fé  e gratidão,dominados e cegos pela mais pura ganância e avareza,abandonam o DEUS dono do ouro e da prata para servirem a Mamom,deus das riquezas,como disse Roger L'Estrang "Aquele que serve a Deus por dinheiro servirá ao diabo por salário melhor."


-Covil de salteadores:Lugar de ladrões,mercenários,interesseiros,pessoas totalmente desonestas que nem se preocupam mais em mudança de vida,DEUS  nos chama como estamos para nos transformar em quem devemos ser,e não parta permanecermos no erro,são como disse Jesus,"lobos devoradores",se alimentando da lã e da gordura das ovelhas.


-Casa da moeda:Lugar onde vão somente para receberem estratégias para ser bem sucedidos,como montar o seu próprio negócio,como ser patrão,etc,não que DEUS não tenha isso para nossas vidas,porém devemos priorizar o Reino dos céus,e as demais coisa nos serão acrescentadas,e fazer cultos específicos para empresários,é no mínimo acepção de pessoas.


-Partido político:Lugar onde ocorrem as mais terríveis batalhas por poder,um querendo mandar mais do que o outro,mentem,enganam sem a menor culpa,fazem de tudo para conquistarem,a liderança de algum departamento.


-Empresa:A igreja contemporânea tem assumido a forma mercantilista,visando somente o lucro e poder aquisitivo,até mesmo empresários,cantores e artistas de muitos segmentos tem migrado para o campo "gospel",porque descobriram que dá dinheiro.Vemos denominações e ministérios inteiros que adotaram o padrão empresarial,líderes que determinam os valores mensais que suas filiais devem repassar sem questionamentos,pastores que tem deixado de apascentar para embarcar no seu próprio negócio,na maioria das vezes sem a direção de DEUS,somente por disputa e competição,pois não podem ficar atrás de seus colegas de púlpito,e precisam mostrar que também são "cabeça e não calda".
Enquanto isso presenciamos a falência de várias filiais de tais ministérios,que passam por necessidades financeiras,impossibilitadas de pagarem suas contas de água,luz,telefone e aluguel,enquanto a sede,a matriz destas empresas,cresce à passos largos,com som de última geração,microfones caríssimos e tantos outros acessórios,que seriam essenciais se não fossem as necessidades das outras igrejas,que não podem usar R$ 1,00(um Real),sem a permissão do pastor.


Agora,diante de tudo isso,precisamos perguntar:- O que realmente é a igreja?


O vocábulo grego ekklesia significa basicamente "os chamados para fora",dando a entender um grupo distinto selecionado e tirado para fora de algo,fomos chamados para fora do mundo corrompido.


A igreja é tanto invisível como visível:
a igreja invisível: é o conjunto de crentes verdadeiros,unidos por sua fé viva em Jesus,esta é perfeita,sem mancha,mácula e nem ruga,santa e irrepreensível diante de DEUS.
a igreja visível:consiste de congregações locais,compostas de crentes verdadeiros,vencedores e fiéis,bem com de crentes professos,porém falsos,caídos,espiritualmente mortos,esta ao contrário da primeira é imperfeita.


A igreja de Cristo é um organismo vivo,um corpo constituído por seus membros que representam Jesus Cristo na terra,que interagem uns com os outros,desempenhando suas funções e ministérios(serviços) determinados por DEUS,é uma embaixada celestial,é um corpo da qual Jesus é a cabeça,a parte pensante,que comanda,ordena e dirige.É independente de governo humano e terreno,sua autoridade não é daqui,vem direto do Pai das luzes,ela é o sal da terra e a luz do mundo,é a noiva de Cristo,portadora de boas novas,é a maior autoridade constituída por DEUS na terra,é casa de oração,lugar de comunhão com o Pai e com os irmãos,é um exército batalhando contra as hostes espirituais da maldade,é coluna e baluarte da verdade,enfim,é um sacerdócio real para anunciar as virtudes D'aquele que nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz,e nos pôs no reino do Filho do seu amor.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Arminianismo




O Arminianismo é uma escola de pensamento soterológica de dentro do cristianismo protestante, baseada sobre idéias do teólogo reformado holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)e seus seguidores históricos, os Remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."


Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.O arminianismo segue os seguintes princípios:


-Os seres humanos são naturalmente incapazes de fazer qualquer esforço para a salvação.
-A salvação só é possível pela graça de Deus, a qual não pode ser merecida.
-Nenhuma obra de esforço humano pode causar ou contribuir para a salvação.
-A eleição divina é condicional a fé no sacrifício e Senhorio de Jesus Cristo.
-A expiação de Cristo foi feita em nome de todas as pessoas.
-Deus permite que sua graça seja resistida por aqueles que livremente rejeitam a Cristo.
-Os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão além da possibilidade de queda da graça através da persistência, sem o arrependimento do pecado.


O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porém o termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de idéias, incluindo as de Hugo Grotius, John Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, o arminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegações.


Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto, eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre os detalhes das doutrina da predestinação e da salvação.


História
Retrato de Jacobus Arminius.
Embora tenha sido discípulo do notável calvinista Teodoro de Beza, Arminius defendeu uma forma evangélica de sinergismo (crença que a salvação do homem depende da cooperação entre Deus e o homem), que é contrário ao monergismo, do qual faz parte o calvinismo (crença de que a salvação é inteiramente determinada por Deus, sem nenhuma participação livre do homem). O sinergismo arminiano difere substancialmente de outras formas de sinergismo, tais como o pelagianismo e o semipelagianismo, como se demonstrará adiante. De modo análogo, também há variações entre as crenças monergistas, tais como o supra-lapsarianismo e o infra-lapsarianismo.


Arminius não foi primeiro e nem o último sinergista na história da Igreja. De fato, há dúvidas quanto ao fato de que ele tenha introduzido algo de novo na teologia cristã. Os próprios arminianos costumavam afirmar que os pais da Igreja grega dos primeiros séculos da era cristã e muitos dos teólogos católicos medievais eram sinergistas, tais como o reformador católico Erasmo de Roterdã. Até mesmo Philipp Melanchthon (1497-1560), companheiro de Lutero na reforma alemã, era sinergista, embora o próprio Lutero não fosse.


Arminius e seus seguidores divergiram do monergismo calvinista por entenderem que as crenças calvinistas na eleição incondicional (e especialmente na reprovação incondicional), na expiação limitada e na graça irresistível:
-seriam incompatíveis com o caráter de Deus, que é amoroso, compassivo, bom e deseja que todos se salvem.
-violariam o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem.
-levariam à conseqüência lógica inevitável de que Deus fosse o autor do mal e do pecado.


Contexto histórico
Para se compreender os motivos que levaram à aguda controvérsia entre o calvinismo e o arminianismo, é preciso compreender o contexto histórico e político no qual se inseriam os Países Baixos à época.


De acordo com historiadores, tais como Carl Bangs, autor de "Arminius: A Study in the Dutch Reformation (1985)", as igrejas reformadas da região eram protestantes, em sentido geral, e não rigidamente calvinistas. Embora aceitassem o catecismo de Heidelberg como declaração primária de fé, não exigiam que seus ministros ou teólogos aderissem aos princípios calvinistas, que vinham sendo desenvolvidos em Genebra, por Beza. Havia relativa tolerância entre os protestantes holandeses. De fato, havia tanto calvinistas quanto luteranos. Os seguidores do sinergismo de Melanchthon conviviam pacificamente com os que professavam o supralapsarianismo de Beza. O próprio Arminius, acostumado com tal "unidade na diversidade", mostrou-se estarrecido, em algumas ocasiões, com as exageradas reações calvinistas ao seu ensino.


Essa convivência pacífica começou a ser destruída quando Franciscus Gomarus, colega de Arminius na Universidade de Leiden, passou a defender que os padrões doutrinários das igrejas e universidades holandesas fossem calvinistas. Então, lançou um ataque contra os moderados, incluindo Arminius.


De início, a campanha para impor o calvinismo não foi bem sucedida. Tanto a igreja quanto o Estado não consideravam que a teologia de Arminius fosse heterodoxa. Isso mudou quando a política passou a interferir no processo.


À época, os países baixos, liderados pelo príncipe Maurício de Nassau, calvinista, estavam em guerra contra a dominação da Espanha, católica. Alguns calvinistas passaram a convencer os governantes dos Países Baixos, e especialmente o príncipe Nassau, de que apenas a sua teologia proveria uma proteção segura contra a influência do catolicismo espanhol. De fato, caricaturas da época apresentavam Arminius como um jesuíta disfarçado. Nada disso foi jamais comprovado.


Depois da morte de Arminius, o governo começou a interferir cada vez mais na controvérsia teológica sobre predestinação. O príncipe Nassau destituiu os arminianos dos cargos políticos que ocupavam. 


Um arminiano foi executado e outros foram presos. O conflito teológico atingiu tamanha proporção que levou a Igreja a convocar o Sínodo Nacional da Igreja Reformada, em Dort, mais conhecido como o Sínodo de Dort, onde os arminianos, conhecidos como "remonstrantes", tiveram a oportunidade de defender seus pontos de vista perante as autoridades, partidárias do calvinismo. As discussões ocorreram em 154 reuniões iniciadas em 13 de novembro 1618 e encerrada em 9 de maio de 1619, cujo o assunto era a predestinação incondicional defendida pelo calvinismo e a predestinação condicional defendida pelo arminianismo. Os arminianos acabaram sendo condenados como hereges, destituídos de seus cargos eclesiásticos e seculares, tiveram suas propriedades expropriadas e foram exilados.


Logo que Maurício de Nassau morreu, os calvinistas perderam o seu poder na região e os arminianos puderam retornar ao país, onde fundaram igrejas e um seminário, o qual até hoje existe na Holanda (Remonstrants Seminarium).


Em síntese, as igrejas protestantes holandesas continham diversidade teológica, à época de Arminius. 


Tanto monergistas quanto sinergistas eram ali representados e conviviam pacificamente. O que levou a visão monergista à supremacia foi o poder do Estado, representado pelo príncipe Maurício de Nassau, que perseguiu os sinergistas.


Para Arminius e seus seguidores, sua teologia também era compatível com a reforma protestante. Em sua opinião, tanto o calvinismo quanto o arminianismo são duas correntes inseridas na reforma protestante, por serem, ambas, compatíveis com o lema dos reformados sola gratia, sola fide, sola scriptura.


Teologia
A teologia arminiana geralmente cai em um dos dois grupos - Arminianismo Clássico, elaborado a partir do ensino de Jacobus Arminius - e Arminianismo Wesleyano, com base principalmente de Wesley. Ambos os grupos se sobrepõem consideravelmente.


Arminianismo Clássico
O arminianismo clássico (às vezes chamado de arminianismo reformado) é o sistema teológico que foi apresentado por Jacobus Arminius e mantido pelos Remonstrantes,sua influência serve como base para todos os sistemas arminianos. A lista de crenças é dado abaixo:


-A Depravação é total: Arminius declarou: "Neste estado [caído], o livre arbítrio do homem para o verdadeiro bem não está apenas ferido, enfermo, dobrado, e enfraquecido, mas ele está também preso, destruído, e perdido. E os seus poderes não só estão debilitados e inúteis a menos que seja assistido pela graça, mas não tem poder nenhum exceto como está animado pela graça divina."


-A Expiação destina-se para todos: Jesus foi para todas as pessoas, Jesus atrai todos a si mesmo, e todas as pessoas têm oportunidade para a salvação pela fé.


-A morte de Jesus satisfaz a justiça de Deus: A penalidade pelos pecados dos eleitos é pago integralmente através da obra de Jesus na cruz. Assim, a expiação de Cristo é destinado a todos, mas requer fé para ser efetuada. Armíno declarou "Justificação, quando usado para o ato de um juiz, ou é meramente a imputação da justiça através da misericórdia ... ou que o homem é justificado diante de Deus ... de acordo com o rigor da justiça sem perdão." Stephen Ashby esclarece "Arminius considera apenas duas maneiras possíveis em que o pecador pode ser justificado:
 1º) pela nossa adesão absoluta e perfeita à lei, ou 
2º) puramente pela imputação da justiça de Deus de Cristo."


-A graça é resistível: Deus toma a iniciativa no processo de salvação e a sua graça vem a todas as pessoas. Esta graça (muitas vezes chamado de preveniente ou pré-graça regeneradora) age em todas as pessoas para convencê-los do Evangelho, desenhá-los fortemente para a salvação, e permitir a possibilidade de uma fé sincera. Picirilli declarou "Certamente esta graça está tão perto de regeneração que leva inevitavelmente a regeneração se finalmente resistiu." A oferta de salvação pela graça de não agir irresistivelmente em um puramente de causa-efeito, o método determinístico, mas sim em uma de influência e moda resposta que tanto pode ser livremente aceita e livremente negada.


-O homem tem livre arbítrio para responder ou resistir: O livre-arbítrio é limitado pela soberania de Deus, mas a soberania de Deus permite que todos os homens tenham a opção de aceitar o Evangelho de Jesus através da fé, simultaneamente, permite que todos os homens resistam.


-A eleição é condicional: Arminius define eleição como "o decreto de Deus pelo qual, de Si mesmo, desde a eternidade, decretou justificar em Cristo, os crentes, e a aceitá-los para a vida eterna."Só Deus determina quem será salvo e sua determinação é que todos os que crêem em Jesus através da fé sejam justificados. Segundo Arminius, "Deus respeita ninguém em Cristo a menos que sejam enxertados nele pela fé"


-Deus predestina os eleitos, para um futuro glorioso: A predestinação não é a predeterminação de quem vai acreditar, mas sim a predeterminação da herança futura do crente. Os eleitos são, portanto, predestinados a filiação através da adoção, a glorificação, e a vida eterna. 


-A segurança eterna é também condicional: condicional Todos os crentes têm plena certeza da salvação com a condição de que eles permaneçam em Cristo. A salvação está condicionada à fé, perseverança, portanto, também está condicionada.Apostasia (desvio de Cristo) só é cometida por uma deliberada e proposital rejeição de Jesus e renúncia da fé.


Os Cinco Artigos da Remonstrancia que os seguidores de Arminius formularam em 1610 o estado acima de crenças relativas 
(I) eleição condicional, 
(II) expiação ilimitada, 
(III) depravação total, 
(IV) depravação total e a graça resistível, e 
(V) possibilidade de apostasia. Note, entretanto, que o artigo quinto não nega completamente a perseverança dos santos, Arminius mesmo, disse que "nunca me ensinaram que um verdadeiro crente pode cair ... longe da fé ... ainda não vou esconder que há passagens de Escritura que parecem-me usar este aspecto, e as respostas a elas que me foi permitido ver, não são como a gentileza de aprovar-se em todos os pontos para o meu entendimento ".Além disso, o texto dos artigos da Remonstrancia diz que nenhum crente pode ser arrancado da mão de Cristo, e à questão da apostasia, "a perda da salvação" é necessário mais estudos antes que pudesse ser ensinada com plena certeza.


As crenças básicas de Jacobus Arminius e os Remonstrances estão resumidos como tal pelo teólogo Stephen Ashby:
-Antes de ser chamado e capacitado, alguém é incapaz de crer... somente capaz de resistir.
-Depois de ter sido chamado e capacitado, mas antes da regeneração, alguém é capaz de crer... também capaz de resistir.
-Após alguém crer, Deus o regenera, alguém é capaz de continuar crendo... também capaz de resistir.
-Após resistir ao ponto de descrer, alguém é incapaz de acreditar... só capaz de resistir.''


Interpretação dos Cinco Pontos
O terceiro ponto sepulta qualquer pretensão de associar o arminianismo ao pelagianismo ou ao semipelagianismo. De fato, a doutrina de Arminius é perfeitamente compatível com a Depravação Total calvinista. Ou seja, em seu estado original o homem é herdeiro da natureza pecaminosa de Adão e totalmente incapaz, até mesmo, de desejar se aproximar de Deus. Nenhum homem nasce com o "livre-arbítrio", ou seja, com a capacidade de não resistir a Deus.


O quarto ponto demonstra claramente que é a graça preveniente que restaura no homem a sua capacidade de não resistir à Deus. Portanto, para Arminius, a salvação é pela graça somente e por meio da fé somente. Nesse sentido, os arminianos do coração concordam com os calvinistas no sentido de que a capacitação, por meio da graça, precede a fé, e que até mesmo a fé salvadora seja um dom de Deus. A diferença está na compreensão da operação dessa graça. Para os calvinistas, a graça é concedida apenas aos eleitos, que a ela não podem resistir. Para os arminianos, a expiação por meio de Jesus Cristo é universal e comunica essa graça preveniente a todos os homens; mas ela pode ser resistida. Assim como o pecado entrou no mundo pelo primeiro Adão, a graça foi concedida ao mundo por meio de Cristo, o segundo Adão (conforme Romanos 5:18, João 1:9 etc.). Nesse sentido, os arminianos entendem que I Timóteo 4:10 aponta para duas salvações em Cristo: uma universal e uma especial para os que crêem. A primeira corresponde à graça preveniente, concedida a todos os homens, que lhes restaura o arbítrio, ou seja, a capacidade de não resistir a Deus. Ela é distribuída a todos os homens porque Deus é amor (I João 4:8, João 3:16) e deseja que todos os homens se salvem (I Timóteo 2:4, II Pedro 3:9 etc.), conforme defendido no segundo ponto do arminianismo. A segunda é alcançada apenas pelos que não resistem à graça salvadora e crêem em Cristo. Estes são os predestinados, segundo a visão arminiana de predestinação.


Portanto, embora a expressão "livre-arbítrio" seja comumente associada ao arminianismo, ela deve ser entendida como "arbítrio liberto" ou "vontade liberta" pela graça preveniente, convencedora, iluminadora e capacitante que torna possíveis o arrependimento e a fé. Sem a atuação da graça, nenhum homem teria livre-arbítrio.


Ao contrário dos calvinistas, os arminianos crêem que essa graça preveniente, concedida a todos os homens, não é uma força irresistível, que leva o homem necessariamente à salvação. Para Arminius, tal graça irresistível violaria o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem. Assim, todos os homens continuam a ter a capacidade de resistir à Deus, que já possuíam antes da operação da graça (conforme Atos 7:51, Lucas 7:30, Mateus 23:37 etc.). 


Portanto, a responsabilidade do homem em sua salvação consiste em não resistir ao Espírito Santo. Este é o coração do sinergismo arminiano, o qual difere radicalmente dos sinergismos pelagiano e semipelagiano.


No que tange à perseverança dos santos, os remonstrantes não se posicionaram, já que deixaram a questão em aberto.


Citações das obras de Arminius
Os textos a seguir transcritos, escritos pelo próprio Arminius, são úteis para demonstrar algumas de suas idéias.


…Mas em seu estado caído e pecaminoso, o homem não é capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquilo que é realmente bom; mas é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade, e em todos os seus poderes, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que ele possa ser capacitado corretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando ele é feito participante desta regeneração ou renovação, eu considero que, visto que ele está liberto do pecado, ele é capaz de pensar, desejar e fazer aquilo que é bom, todavia não sem a ajuda contínua da Graça Divina.


Com referência à Graça Divina, creio,é uma afeição imerecida pela qual Deus é amavelmente afetado em direção a um pecador miserável, e de acordo com a qual ele, em primeiro lugar, doa seu Filho, "para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna," e, depois, ele o justifica em Cristo Jesus e por sua causa, e o admite no direito de filhos, para salvação.É uma infusão (tanto no entendimento humano quanto na vontade e afeições,) de todos aqueles dons do Espírito Santo que pertencem à regeneração e renovação do homem - tais como a fé, a esperança, a caridade, etc.; pois, sem estes dons graciosos, o homem não é capaz de pensar, desejar, ou fazer qualquer coisa que seja boa.É aquela perpétua assistência e contínua ajuda do Espírito Santo, de acordo com a qual Ele age sobre o homem que já foi renovado e o excita ao bem, infundindo-lhe pensamentos salutares, inspirando-lhe com bons desejos, para que ele possa dessa forma verdadeiramente desejar tudo que seja bom; e de acordo com a qual Deus pode então desejar trabalhar junto com o homem, para que o homem possa executar o que ele deseja.
Desta maneira, eu atribuo à graça O COMEÇO, A CONTINUIDADE E A CONSUMAÇÃO DE TODO BEM, e a tal ponto eu estendo sua influência, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar, nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação do mal, sem esta graça preveniente e excitante, seguinte e cooperante. Desta declaração claramente parecerá que de maneira nenhuma eu faço injustiça à graça, atribuindo, como é dito de mim, demais ao livre-arbítrio do homem. Pois toda a controvérsia se reduz à solução desta questão, "a graça de Deus é uma certa força irresistível"? Isto é, a controvérsia não diz respeito àquelas ações ou operações que possam ser atribuídas à graça, (pois eu reconheço e ensino muitas destas ações ou operações quanto qualquer um,) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operação, se ela é irresistível ou não. A respeito da qual, creio, de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida.
Extraído de As Obras de James Arminius Vol. I


Arminianismo Wesleyano
John Wesley foi historicamente o advogado mais influente dos ensinos da soterologia arminiana. Wesley concordou com a vasta maioria daquilo que o próprio Arminius defendeu, mantendo doutrinas fortes, tais como as do pecado original, depravação total, eleição condicional, graça preveniente, expiação ilimitada e possibilidade de apostasia.
Wesley, porém, afastou-se do Arminianismo Clássico em três questões:
-Expiação – A expiação para Wesley é um híbrido da teoria da substituição penal e da teoria governamental de Hugo Grócio, advogado e um dos Remonstrantes. Steven Harper expõe: "Wesley não colocou o elemento substitucionário dentro de uma armação legal …Preferencialmente (sua doutrina busca) trazer para dentro do próprio relacionamento a "justiça" entre o amor de Deus pelas pessoas e a aversão de Deus ao pecado …isso não é a satisfação de uma demanda legal por justiça; assim, muito disso é um ato de reconciliação imediato."
-Possibilidade de apostasia – Wesley aceitou completamente a visão arminiana de que cristãos genuínos podem apostatar e perder sua salvação. Seu famoso sermão "A Call to Backsliders" demostra claramente isso. Harper resume da seguinte forma: "o ato de cometer pecado não é ele mesmo fundamento para perda da salvação … a perda da salvação está muito mais relacionada a experiências que são profundas e prolongadas. Wesley via dois caminhos principais que resultam em uma definitiva queda da graça: pecado não confessado e a atitude de apostasia."Wesley discorda de Arminius, contudo, ao sustentar que tal apostasia não é final. Quando menciona aqueles que naufragaram em sua fé (1 Tim 1:19), Wesley argumenta que "não apenas um, ou cem, mas, estou convencido, muitos milhares … incontáveis são os exemplos … daqueles que tinham caído, mas que agora estão de pé"
-Perfeição cristã – Conforme o ensino de Wesley, cristãos podem alcançar um estado de perfeição prática. Isso significa uma falta de todo pecado voluntário, mediante a capacitação do Espírito Santo em sua vida. Perfeição cristã (ou santificação inteira), conforme Wesley, é "pureza de intenção; toda vida dedicada a Deus" e "a mente que estava em Cristo, nos capacita a andar como Cristo andou." Isso é "amar a Deus de todo o seu coração, e os outros como você mesmo".Isso é 'uma restauração não apenas para favor, mas também para a imagem de Deus," nosso ser "encheu-se com a plenitude de Deus".Wesley esclareceu que a perfeição cristã não implica perfeição física ou em uma infabilidade de julgamento. Para ele, significa que não devemos violar a longanimidade da vontade de Deus, por permanecer em transgressões involuntárias. A perfeição cristã coloca o sujeito sob a tentação, e por isso há a necessidade contínua de oração pelo perdão e santidade. Isso não é uma perfeição absoluta mas uma perfeição em amor. Além disso, Wesley nunca ensinou um salvação pela perfeição, mas preferiu dizer que "santidade perfeita é aceitável a Deus somente através de Jesus Cristo."


Arminianismo e outras visões
 Mais informações: Pelagianismo, Semipelagianismo, História do debate calvinista-arminiano
Para compreender o arminianismo é necessário ter compreensão das seguintes alternativas teológicas: pelagianismo, semipelagianismo e calvinismo. Arminianismo, como qualquer outro sistema de crença maior, é freqüentemente mal compreendido tanto pelos críticos quanto pelos futuros adeptos. Abaixo estão listados alguns equívocos comuns.


Equívocos Comuns
Arminianismo suporta salvação baseada em obras - Nenhum sistema conhecido de arminianismo nega a salvação "somente pela fé" e "pela fé do primeiro ao último". Este equívoco é muitas vezes dirigido contra a possibilidade de apostasia arminiana, que os críticos exigem manutenção contínua das boas obras para alcançar a salvação final. Para os arminianos, no entanto, tanto a salvação inicial e a segurança eterna são "apenas pela fé"; daí "pela fé do primeiro ao último". Crença que a fé é a condição para entrar no Reino de Deus; a incredulidade é a condição para sair do Reino de Deus - não a falta de boas obras.


Arminianismo é pelagiano (ou semipelagiano), nega o pecado original e a depravação total - Nenhum sistema de arminianismo fundado em Arminius ou Wesley nega o pecado original ou depravação total;tanto Arminius quanto Wesley fortemente afirmaram que a condição básica do homem é tal que ele não pode ser justo, compreender a Deus, ou buscar a Deus.


Muitos críticos do arminianismo, tanto no passado como no presente, afirmam que o arminianismo tolera ou mesmo explicitamente apóia o pelagianismo ou semipelagianismo. Arminius se refere ao pelagianismo como "a grande mentira" e afirmou que "Devo confessar que eu o detesto, do meu coração, as conseqüências [de tal teologia]." David Pawson, um pastor inglês, denunciou a associação como "caluniosa", quando atribuída a doutrina de Arminius ou Wesley.Na verdade a maioria dos arminianos rejeitam todas as acusações de pelagianismo; no entanto, devido principalmente aos adversários calvinistas,os dois termos permanecem entrelaçados no uso popular.


Arminianismo nega o pagamento substitutivo de Jesus pelos pecados - Tanto Arminius quanto Wesley acreditavam na necessidade e suficiência da expiação de Cristo por meio da substituição.Arminius declarou que a justiça de Deus foi satisfeita individualmente enquanto Hugo Grotius e muitos dos seguidores de Wesley ensinaram que Deus foi satisfeito governamentalmente.


Comparação com o Calvinismo
História do debate calvinista-arminiano
Desde sempre, Arminius e seus seguidores se revoltaram contra o calvinismo no início do século XVII, a soteriologia protestante tem sido amplamente dividida entre calvinismo e arminianismo. O extremo do calvinismo é o hipercalvinismo, que insiste que os sinais da eleição devem ser procurados antes de evangelização do inregenerado ocorrer e que os eternamente condenados não têm a obrigação de se arrepender e crer, e o extremo do arminianismo é o pelagianismo, que rejeita a doutrina do pecado original em razão da responsabilidade moral, mas a esmagadora maioria dos protestantes, pastores evangélicos e teólogos se prendem a um destes dois sistemas ou em algum lugar entre eles.


Similaridades
-Depravação total – arminianos concordam com os calvinistas sobre a doutrina da depravação total. As diferenças ficam na compreensão de como Deus medica a depravação humana.
-Efeito substitucionário da expiação – arminianos também afirmam como os calvinistas o efeito substitucionário da expiação de Cristo e que esse efeito está limitado somente ao eleito. Arminianos clássicos concordam com os calvinistas que esta substituição foi uma satisfação penal por todo o eleito, enquanto a maioria dos arminianos wesleyanos sustentam que a substituição foi em natureza governamental.


Diferenças
-Natureza da eleição – arminianos defendem que a eleição para salvação eterna está ligada a condição da fé. A doutrina calvinista da eleição incondicional declara que a salvação não pode ser ganhada ou alcançada e, portanto, não depende de qualquer esforço humano, de modo que a fé não é uma condição de salvação, mas os meios divinos para isso. Em outras palavras, arminianos acreditam que devem sua eleição a sua fé, enquanto que os calvinistas acreditam que devem sua fé a sua eleição.
-Natureza da graça – arminianos acreditam que através da graça de Deus, é restaurado o livre-arbítrio concernente a salvação da toda a humanidade, e que cada indivíduo, portanto, é capaz de aceitar o chamado do Evangelho através da fé ou resistí-la através da incredulidade. Calvinistas defendem que a graça de Deus que permite a salvação é dada somente ao eleito e que irresistivelmente o conduz a salvação.
-Extensão da expiação – arminianos, juntamente com os quatro pontos calvinistas ou amiraldiano, defendem uma tiragem universal e extensão universal da expiação em vez da doutrina calvinista que a tiragem e expiação é limitado em extenção somente aos eleitos. 


Ambos os lados (com a exceção dos hipercalvinistas) acreditam que o convite do Evangelho é universal e que "deve ser apresentado a todo o mundo, [eles] podem ser alcançados sem qualquer distinção."


-Perseverança na fé – arminianos acreditam que a salvação futura e a vida eterna está segura em Cristo e protegida de todas as forças externas, mas é condicional sobre permanecer em Cristo e pode ser perdida através da apostasia. Calvinistas tradicionais acreditam na doutrina da perseverança dos santos, que diz que porque Deus escolheu alguns para a salvação e efetivamente paga por seus pegados particulares, Ele os conserva da apostasia e que aquels que apostataram nunca foram verdadeiramente regenerados (que é, novo nascimento). Calvinistas não tradicionais e outros evangelicais defendem uma similar, mas diferente doutrina de segurança eterna que ensina, se uma pessoa já foi salva, sua salvação nunca pode estar em perigo, mesmo se a pessoa abandone completamente a fé.