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terça-feira, 26 de julho de 2011

Estou cansado de "irmãos",quero amigos!

Talves ao ler o título acima você tenha ficado chocado,mas isso é exatamente o que vem acontecendo comigo ao ver a indiferença de pessoas que constantemente dizem ser nossos amigos,mas que na hora de maior dificuldade desaparecem como que num piscar de olhos,cansei não quero amizades circunstânciais,interesseiras e mentirosas,que nos deixam sempre com o pé atrás,forçando-nos a ser diferentes do que costumamos ser,que torcem e se alegram em saber que nem tudo vai bem.É isso mesmo,estou cansado de irmãos que de irmãos não tem nada,pois em se tratando de um contexto cristão em que o amor fraternal deve ser observado de forma simples e profunda na demonstração da valorização e do amor ao próximo como a si mesmo,este mandamento tem sido cada vez mais esquecido.


Maquiado por trás de tapinhas nas costas,abraços fingidos,cumprimentos mecânicos e frases repetidas costumeiramente durante algum momento no culto,em que o pregador ou o pastor pede que se cumprimente o irmão do lado,e diga alguma palavra "profética",mas que ao sair do templo os mesmos que se abraçaram e deram as mãos e uma série de outras atitudes superficiais de irmandade,mal se olham,por causa do calote que um deu no outro,pelo dinheiro emprestado que ainda não foi pago,não por falta de condições financeiras mas pela ausência de caráter,honestidade e vergonha na cara.


Bem profetizou o apóstolo Paulo em 2ªTm:3-1,5"Sabe porém isto que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.Porque haverá homens amantes de si mesmos,avarentos,presunçosos,soberbos,blasfemos,desobedientes a pais e mães,ingratos,profanos,sem afeto natural,irreconciliáveis,caluniadores,incontinentes,cruéis,sem amor para com os bons,traidores,obstinados,orgulhosos,mais amantes dos deleites do que amigos de DEUS,tendo aparência de piedade,mas negando a eficácia dela.Destes afasta-te..."Estamos vivendo estes dias trabalhosos em que o amor de muitos tem se esfriado,e um número surpreendente de irmãos não querem mais fazer parte da igreja visível como instituição,eles se reúnem em lares fugindo da "instituição" igreja,no presente momento não quero me ater a questão se é certo ou errado esta prática e sim ao motivo que tem levado milhares de crentes outrora ativos na obra de DEUS e na igreja optarem por isso.Sem dúvida alguma naquilo que falo e escrevo,um dos motivos principais tem sido a sensação de traição,por parte dos líderes,obreiros,membros e irmãos em geral,pois os mesmos só eram úteis enquanto cumpriam suas "obrigações"ministeriais,financeiras através de sacrifícios,votos,desafios e ofertas alçadas,não só para manter a obra,e sim para embelezar o templo,pois afinal o líder não pode ficar atrás dos outros ele tem que ter sua igreja grande e bem estruturada para alimentar o seu ego.


Pessoas que como os valentes de Davi,que no relato descrito no segundo livro do profeta Samuel capitulo 23 e versos 15 a 17,doaram suas próprias vidas muitas vezes deixando de lado suas famílias,e interesses próprios para cumprirem os desejos e ordens de seus líderes,mas ao contrário do que fez o Rei Davi,os líderes atuais em nada se assemelham á ele,que de maneira nenhuma ousou beber da água que poderia ter custado a vida de seus valentes,derramando-a no chão como oferta ao Senhor,pelo contrário o que vemos hoje é a mais absurda exploração espiritual,financeira,sentimental e psicológica,resultando num índice assustador de irmãos feridos em nome de DEUS,que sentem-se como que um méro papel higiênico usado,e descartado no cesto de lixo gerando assim isolamento e esfriamento espiritual.


É impressionante o número de irmãos que estão quebrados por dentro,camuflados por detrás de "boas obras",presença contínua nos cultos e uma espiritualidade que a muito tempo se foi,que sufocam seus sentimentos,frustrações e decepções,pois alguns preferem continuar bajulando seus gurus espirituais,pois de maneira nenhuma podem "tocar nos ungidos de DEUS",outros ainda se blindam e endurecem o coração,devido a mágoa,ressentimento,raiva e as vezes até ódio,mas de vez em quando ainda vão para os cultos porém não conseguem mais crer na palavra de DEUS,pois o comparam á tais lobos escondidos em pele de ovelhas,se tornam críticos destrutivos,inflexissíveis e murmuradores contaminando outros irmãos falando as escondidas do que passou,porque sabe que jamais será ouvido,pois tais líderes se sentem inquestionáveis e não aceitam críticas,amam a multidão,entretanto detestam o indivíduo,e são incapazes de assumir seus próprios erros,imperfeições e a necessidade de pedir perdão.


Tenho certeza que este artigo para muitos será um pouco indigesto,e para outros parecerá uma afronta,mas a minha intenção não é outra senão desabafar,e compartilhar meus sentimentos com outros irmãos que já se sentiram assim,com um papel higiênico usado e descartável,quem sabe prezado leitor você tem se sentido assim no presente momento,mas não se dê por vencido,não desanime e nem desista do seu chamado e ministério,pois "DEUS não é o homem para que minta,e nem filho do homem para que se arrependa",não caia nos erros descritos acima,apesar da dificuldade,ainda há amigos que são mais chegados do que um irmão,pessoas com quem podemos contar,abrir nossos corações,chorar,nos expor para que sejamos curados como diz Tiago em sua carta no capítulo 5 e verso 16,guarde o teu coração porque dele procedem as saídas da vida,faça amigos de verdade e acima de tudo seja um verdadeiro amigo com quem se pode contar nas horas difíceis,tornando-se assim um agente de cura.
                                                             Gilvan P.Guimarães

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