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terça-feira, 14 de junho de 2011

Neopentecostalismo


Neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiterianos, etc). Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX (1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América.
Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada quase exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica, mas aos poucos o termo vem sendo resgatado por pentecostais e neopentecostais no País.

Doutrina

As igrejas neopentecostais se baseiam em uma doutrina conhecida como "confissão positiva", também chamada Teologia da Felicidade. De acordo com o Dictionary Of Pentecostal And Charismatic Movements (Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático), "Confissão positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula do Uranio,tambem conhecido como fé ou doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e a inspiração de Essek William Kenyon. A expressão "confissão positiva" pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão.
De acordo com Paulo Romeiro, em seu livro "Super Crentes, o Evangelho segundo Kenneth HaginValnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade ", é a corrente doutrinária que ensina que uma vida medíocre do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.
Outros ensinamentos comuns em igrejas neopentecostais são a batalha espiritual (confronto espiritual direto com os demônios), maldições hereditárias, possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso), etc. Justamente a ênfase que as denominações neopentecostais dão a esses ensinos que as levam a ser bastante criticadas pelas demais denominações protestantes. Segundo os críticos, o sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal

Pentecostais vs. Neopentecostais

Os neopentecostais formaram um grupo coexistente com os pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma muito sobrenaturalista de encarar sua vida religiosa, com ênfase na busca de revelações diretas da parte de Deus, de curas milagrosas para doenças e uma intensa batalha espiritual entre forças espirituais do bem e do mal, que afirmam ter consequências diretas em sua vida cotidiana. São, em geral, mais flexíveis em questões de costumes em relação aos Pentecostais tradicionais.

Segundo Alan B. Pieratt, "Os ensinos da prosperidade não tiveram origem no pentecostalismo. Todavia, a tendência das denominações pentecostais de aceitarem as afirmações de autoridade profética criou um espaço teológico onde a doutrina da prosperidade pode afirmar-se e crescer... Nossa primeira conclusão histórica, é que o pentecostalismo foi o portador desta doutrina, mas ela necessariamente não faz parte das crenças pentecostais."


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